如何滋阴补肾的汤水ppgja

versión On-line ISSN
Rev. Gaúcha Enferm. vol.32 no.4 Porto Alegre dic. 2011
http://dx.doi.org/10.-00010
ARTIGO ORIGINAL
Implanta&&o da Escala de Braden em uma unidade de terapia
intensiva de um hospital universit&rio
Introduction of the Braden Scale in an intensive care unit of a university hospital
Implementaci&n de la Escala de Braden en una unidad de cuidados intensivos de un hospital universitario
Taline BavarescoI; Regina Helena MedeirosII; Am&lia de F&tima LucenaIII
IEspecialista em Terapia Intensiva pela UCS, Mestranda pelo Programa de P&s-Gradua&&o em Enfermagem (PPGEnf) da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Professora da UCS, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
IIDoutora em Cl&nica M&dica, Professora Titular da UCS, Caxias do Sul, Rio Grande do Sul, Brasil
IIIDoutora em Ci&ncias, Professora Adjunta da Escola de Enfermagem da UFRGS, Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil
Estudo prospectivo, longitudinal, que teve por objetivos implantar a Escala de Braden (EB) como instrumento de predi&&o de risco para &lcera por press&o (UP) e analisar os resultados do seu uso em uma unidade de terapia intensiva. A amostra foi de 74 pacientes, os dados coletados por instrumento contendo a EB, analisados pela estat&stica descritiva simples. Encontrou-se 58 (78,37%) pacientes com escore & a 13 e uma incid&ncia de UP de 25,67%. Em 45 (60,8%) pacientes houve o preenchimento di&rio da EB, destes 5 (11,1%) desenvolveram UP; em 29 (39,1%) n&o houve aplica&&o di&ria da EB, destes, 14 (48,2%) desenvolveram UP. Verificou-se aplicabilidade da EB, o que possibilitou identificar os pacientes em risco para UP. As dificuldades na implanta&&o da EB foram referentes & periodicidade de seu preenchimento, que aponta & necessidade da conscientiza&&o e preparo dos enfermeiros para o uso desta ferramenta no cuidado ao paciente.
Descritores: &Ulcera por press&o. Medi&&o de risco. Unidades de terapia intensiva.
This is a prospective and longitudinal study which aimed to introduce the Braden Scale (BS) as an instrument to predict the risk of pressure ulcer (PU), and to analyze the results of its use in an intensive care unit. The sample was of 74 patients and the data were obtained by an instrument containing BS. Such data were analyzed by a simple descriptive statistic. 58 patients (78.37%) had a score & 13 and PU incidence of 25.67%. In 45 patients (60.80%), BS was daily filled in. From these patients, 5 (11.10%) developed PU. In 29 patients (39.10%), BS was not daily filled in. From these patients, 14 (48.20%) showed PU. Results showed the efficiency of BS, which allowed identifying patients with PU risk. The difficulties of using BS refer to the periodic filling, which shows the need to educate and prepare nurses to use BS in the care of patients.
Descriptors: Pressure ulcer. Risk assessment. Intensive care units.
Estudio prospectivo, longitudinal, con el objetivo poner en ejecuci&n la Escala de Braden (EB) como instrumento de predicci&n del riesgo de &lceras por presi&n (UP) y analizar los resultados en una unidad de cuidados intensivos. La muestra fue de 74 pacientes, los datos recogidos por el instrumento con la EB, analizados por estad&stica descriptiva simple. Encontramos 58 (78,37%) pacientes con una puntuaci&n & a 13 y una incidencia de 25,67% UP. En 45 (60,8%) fueron completando todos los d&as da EB, de estos 5 (11,1%) desarrollaron UP; en 29 (39,1%) hubo una aplicaci&n diaria de la EB, de estos 14 (48,2%) desarrollaron. Se verific& la aplicalibidad de la escala, que nos ha permitido identificar a los pacientes en riesgo de UP. Las dificultades en la aplicaci&n se relacionaron con la frecuencia de llenado, lo que apunta a la necesidad de concientizaci&n y preparaci&n de las enfermeras a utilizar esta herramienta en la atenci&n al paciente.
Descriptores: &Ulcera por presi&n. Medici&n de riesgo. Unidades de terapia intensiva.
INTRODU&C&AO
As les&es de pele tem sido um fator de discuss&o na enfermagem, principalmente, no meio hospitalar. Com isso, muita mudan&a tem ocorrido na preven&&o e no tratamento de feridas, assim como o uso de instrumentos preditivos de risco para as mesmas.
A &lcera por press&o (UP) & uma les&o localizada de necrose celular que tende a se desenvolver quando um tecido mole & comprimido entre uma proemin&ncia &ssea e uma superf&cie dura por prolongado per&odo de tempo. Ela pode ser classificada em est&gio I, II, III e IV, segundo os crit&rios da National Pressure Ulcer Advisory Panel(1).
Dentre os fatores de risco que exp&em os pacientes a desenvolverem UP, destacam-se: d&ficit de mobilidade e/ou sensibilidade, fric&&o e cisalhamento, edema, umidade, idade, doen&as sist&micas, medica&&o, defici&ncia nutricional, comprometimento neurol&gico e dist&rbios metab&licos(2-4).
As UPs acometem, principalmente, os pacientes hospitalizados, os quais est&o frequentemente, expostos aos fatores de risco citados. Al&m disto, tamb&m se observa defici&ncia de interven&&es preventivas precisas para este agravo, que representa uma das principais complica&&es. Dentre os mais atingidos por este problema se destaca os internados em unidades de terapia intensiva (UTI), tetrapl&gicos e idosos com fraturas de colo de f&mur(5).
No Brasil, estudos estimam que a incid&ncia de UP nas UTIs esteja entre 10,62% a 62,5%(5-7), sendo que em unidades de cl&nica m&dica se encontrou uma incid&ncia de 42,6% e em unidades cir&rgicas de 39,5%(7).
Esses resultados apontam & necessidade de a enfermagem desenvolver conhecimentos e habilidades para realizar uma avalia&&o adequada das condi&&es da pele e a partir dela implementar cuidados, a fim de prevenir les&es e restaurar as j& instaladas. Preconiza-se que todos os indiv&duos com risco de UP devem ter inspe&&o sistem&tica da pele, pelo menos uma vez por dia, prestando-se aten&&o particular &s regi&es de proemin&ncias &sseas.
Esta avalia&&o tem por objetivo inicial a determina&&o do risco para UP, sendo a primeira medida de preven&&o da les&o. Para se identificar o risco com maior precis&o existem instrumentos preditivos como as escalas de Gosnell, Andersen, Braden, Norton e Waterlow. Dentre estas, a Escala de Braden (EB) & a mais utilizada no contexto brasileiro, por ter sido validada para o portugu&s do Brasil com elevados n&veis de sensibilidade e especificidade & avalia&&o desse risco(8,9).
A EB avalia e contabiliza os fatores etiol&gicos que contribuem & redu&&o da toler&ncia tecidual & compress&o prolongada, por meio de suas seis subescalas: percep&&o sensorial, umidade, atividade, mobilidade, nutri&&o, fric&&o e cisalhamento. Tr&s delas medem determinantes cl&nicos de exposi&&o para intensa e prolongada press&o - percep&&o sensorial, at tr&s mensuram a toler&ncia do tecido & press&o - umidade, nutri&&o, fric&&o e cisalhamento. As primeiras cinco subescalas s&o pont a sexta & pontuada de um a tr&s(8,10).
O escore total, relativo & soma dos escores das seis subescalas, indicar& a presen&a ou n&o do risco de UP e pode variar de 6 a 23, sendo que quanto menor o escore maior ser& o comprometimento apresentado e, consequentemente, maior o risco para desenvolver UP. A pontua&&o pode ser classificada considerando valores & 9 como alt&ssimo risco, 10 a 12 como alto risco, 13 a 14 como risco moderado, 15 a 18 como baixo risco e valores de 19 a 23 como aus&ncia de risco para o desenvolvimento de UP(8,11). Todavia, hoje j& se considera que, al&m do escore total tamb&m & necess&rio se considerar o escore obtido em cada uma das seis subescalas, pois caso uma delas for muito baixo, talvez seja suficiente para determinar a presen&a do risco.
O enfermeiro ao aplicar uma escala preditiva de risco obt&m dados para conduzir um plano de cuidados preventivos para UP, uma vez que o escore identificado poder& determinar com maior precis&o as interven&&es para a preven&&o ou o tratamento da UP(12).
As interven&&es mais utilizadas incluem a troca de dec&bito, mobiliza&&o no e fora do leito, remo&&o e redistribui&&o das &reas de press&o do corpo, uso de coxins, higiene, hidrata&&o da pele, pel&culas n&o-est&ril e protetores cut&neos, al&m do monitoramento das condi&&es nutricionais, de umidade e sensibilidade da pele, entre outros(4,13).
Na UTI, a avalia&&o do risco para UP e a instala&&o de medidas preventivas a esta les&o & fundamental, pois os pacientes desta unidade possuem, com freq&&ncia, instabilidade hemodin&mica, insufici&ncia respirat&ria, fal&ncia m&ltipla de &rg&os, necessidade de seda&&o e drogas vasoativas, altera&&o no n&vel de consci&ncia e restri&&o de movimentos por per&odo prolongado de tempo(7,14). Este quadro os torna mais expostos aos procedimentos invasivos e com maior necessidade de manipula&&o, al&m de serem acamados e com dificuldades de movimenta&&o, e, portanto, mais suscet&veis a UP. Assim, a identifica&&o do risco e a ado&&o de interven&&es preventivas s&o medidas importantes para reduzir a incid&ncia desta complica&&o, o que poder& ocorrer em at& 50%(5).
Assim, & fundamental que o enfermeiro realize um diagn&stico preciso da situa&&o, o que servir& de base para a escolha de interven&&es adequadas a cada caso e, posteriormente, avalie a sua efetividade(14). Isto pode ser favorecido pelo uso de um instrumento preditivo de risco para UP, como a EB.
Com base neste cen&rio, justifica-se a realiza&&o deste estudo na UTI de um Hospital de Ensino, com o objetivo de implantar a EB como instrumento preditor de risco para UP e analisar os resultados do seu uso em uma unidade de terapia intensiva, com vistas a contribuir para a qualifica&&o do cuidado.
Ressalta-se ainda, que nesta unidade foi verificada uma alta (27,2%) incid&ncia de UP, em levantamento realizado na unidade(15). Este dado foi investigado com o intuito de padronizar as interven&&es que eram realizadas para a preven&&o desta complica&&o, tendo em vista de que as a&&es, at& ent&o realizadas, eram baseadas no julgamento individual de cada profissional, ou seja, n&o havia padroniza&&o, e principalmente n&o havia registro de uma avalia&&o pr&via quanto aos fatores de risco para UP.
Trata-se de um estudo piloto do tipo prospectivo longitudinal realizado em uma UTI de um Hospital Universit&rio do Sul do Brasil, com vistas & implanta&&o do uso da EB. Esta unidade possui 10 leitos para interna&&o de pacientes adultos cl&nicos e cir&rgicos.
A popula&&o do estudo consistiu de 87 pacientes internados na UTI, no per&odo de agosto a setembro de 2009. A amostra foi de 74 pacientes (85%) que n&o apresentavam UP no momento da interna&&o e para os quais se aplicou a EB.
Os dados foram coletados pela pesquisadora com base em instrumento que continha a EB com suas seis subescalas, identifica&&o do paciente, doen&a de base e elimina&&es intestinais e vesicais, aplicada pelos enfermeiros da unidade pesquisada. Inicialmente, os enfermeiros receberam uma capacita&&o sobre o uso e preenchimento da EB, ap&s a aprova&&o da ger&ncia de enfermagem da insti-tui&&o, que tinha interesse na realiza&&o da pesquisa com o fim de implantar o uso do instrumento preditor de risco para UP e assim, normatizar a pr&tica de cuidado da unidade. O per&odo de coleta foi entre os meses de agosto e setembro de 2009, totalizando 60 dias.
O ponto de corte para determinar o risco para desenvolver UP foi o escore total menor ou igual (&) a 13 pontos(13). Cada institui&&o pode definir o escore que indica o risco de desenvolver UP, tendo como base o preconizado pela EB e os dados da sua realidade, como o &ndice de incid&ncia e os fatores de risco mais comuns na popula&&o(7).
Os dados foram analisados pela estat&stica descritiva simples, com aux&lio do Statistical Package for the Social Sciences (SPSS), vers&o 16.0, com signific&ncia de 5%. O projeto foi aprovado em Comit& de &Etica e Pesquisa da institui&&o, sob o protocolo 196/2009.
RESULTADOS
A EB foi aplicada em 74 pacientes adultos internados na UTI. Os principais motivos de interna&&o foram: 23 (31,08%) disfun&&es respirat&rias e 20 (27,02%) p&s-operat&rio. A antibioticoterapia foi a medica&&o mais utilizada durante a interna&&o em 36 (48,64%) pacientes. A sonda vesical de demora (SVD) foi usada por 51 (68,91%) pacientes e 17 (22,97%) usaram fraldas.
O escore m&dio para risco de UP dos pacientes encontrado na primeira avalia&&o com a EB foi de 11,35, onde o maior escore foi 20 e o menor foi sete. Verificou-se que 58 (78,37%) obtiveram escore menor ou igual a (&) 13, ponto de corte estabelecido neste estudo para determinar o risco de UP(13).
Dezenove (25,67%) pacientes desenvolveram UP em algum momento da interna&&o, dos quais predominou a cor branca, 14 (73,68%); o sexo masculino foi encontrado em 11 (57,9%); a m&dia de idade foi de 48,8 ± 19,8 anos, com tempo mediano de interna&&o de 14 (4-30) dias. As UPs apareceram no per&odo compreendido entre o 2? e o 26? dia de interna&&o.
Esses pacientes internaram, na maioria, 10 (52,63%), devido & disfun&&o respirat&ria e em 4 (21,05%) casos por problemas cardiovasculares, sendo a medica&&o mais usada o antibi&tico em 12 (63,15%) deles. Dezessete (89,47%) fizeram uso de SVD e 7 (36,84%) usaram fraldas.
Entre os 55 (74,33%) pacientes que n&o desenvolveram UP tamb&m prevaleceu a cor branca 46 (83,63%), a predomin&ncia foi do sexo feminino (31-56,4%) e a m&dia de idade foi de 54,1 ± 19,2 anos, com tempo mediano de interna&&o de 3 (117) dias. O p&s-operat&rio foi o motivo de interna&&o em 20 (36,36%) casos e em 13 (23,63%) houve disfun&&o respirat& o uso de antibi&tico ocorreu em 24 (43,63%) pacientes e 34 (61,81%) usaram SVD e 10 (18,18%) usaram fraldas. Vale apontar que em 15 (27,29%) e em 16 (29,09%) pacientes n&o houve o preenchimento dos dados quanto ao uso ou n&o da SVD e de fraldas, respectivamente.
As principais vari&veis analisadas nos grupos est&o na .
Quanto & periodicidade da aplica&&o da EB,
em 45 (60,8%) pacientes houve o preenchimento
di&rio da mesma e em cinco (11,1%) deles houve o
desenvolvimento de UP. Em 29 (39,1%) casos n&o
houve a aplica&&o di&ria da EB, sendo que em 14
(48,2%) deles houve o desenvolvimento de UP
Identificou-se dificuldade de alguns enfermeiros
em aplicar a EB diariamente, por&m os fatores
que levaram a esta dificuldade ainda n&o
foram estudados de forma detalhada. Infere-se que
devido a EB ser um instrumento novo nesta unidade,
ainda havia dificuldade para sua aplica&&o na
pr&tica cotidiana.
DISCUSS&AO
Os pacientes estudados se apresentaram, em sua maioria, de cor branca, o que era esperado em fun&&o da coloniza&&o italiana desta regi&o. Entre eles, houve tamb&m o predom&nio de brancos nos que desenvolveram UP, o que se assemelham os dados de outros estudos(6,7,16). Este dado pode estar associado ao fato de que a pele branca possui menor resist&ncia & agress&o externa causada pela umidade e fric&&o em rela&&o & pele negra(16).
Quanto ao sexo dos pacientes que desenvolveram UP, houve o predom&nio do masculino. Algumas pesquisas evidenciaram o sexo masculino como predominante, embora n&o tenham encontrado associa&&o estat&stica entre o sexo e o risco de desenvolver UP(6,16).
Quanto & m&dia de idade, observou-se serem mais jovens do que na maioria dos estudos sobre UP (6,11). Al&m disto, identificou-se que os que desenvolveram UP s&o mais jovens (48,8±19,8) do que aqueles que n&o desenvolveram este agravo (54,1±19,2). Este fato pode ser explicado quando avaliado, de forma conjunta, com o motivo de interna&&o e o tempo de perman&ncia destes pacientes na UTI, o que demonstra que os primeiros internaram, na maioria (52,63%), por causas respirat&rias, possivelmente mais cr&ticos e, por isto, tamb&m apresentaram necessidade de maior tempo de interna&&o (m&dia de 14 dias) do que os que n&o desenvolveram a UP. No segundo grupo, verificou-se como principal motivo de interna&&o o p&s-operat&rio (36,36%) e um tempo menor de interna&&o (m&dia de tr&s dias), o que favorece o n&o desenvolvimento da UP.
Todavia, & sabido que a idade avan&ada & apontada pela maioria dos autores como um dos fatores relevantes na fisiopatog&nese da UP, uma vez que a redu&&o da elasticidade, da textura e do manto lipol&tico contribui para acelerar o trauma tissular(5,17).
Ainda quanto ao tempo mediano de interna&&o, encontrou-se 14 dias para os pacientes que desenvolveram UP e tr&s dias para os que n&o desenvolveram. Este dado assemelha-se a literatura, que aponta o tempo de perman&ncia do paciente na UTI como fator preponderante ao desenvolvimento de UP, sendo em m&dia o dobro daqueles que n&o desenvolvem UP(7,11).
Sabe-se que o uso de ventiladores mec&nicos na UTI pode dificultar a mobilidade do paciente, a qual aumenta a press&o que induz & isquemia tecidual e les&o, fator que est& diretamente associado & ocorr&ncia de UP. A disfun&&o pulmonar tamb&m afeta a oxigena&&o e o fluxo sangu&neo aos tecidos, comprometendo assim a perfus&o perif&rica(6).
Tamb&m & preciso salientar que o per&odo de coleta de dados foi at&pico, uma vez que nos meses de agosto e setembro do ano de 2009 houve a epidemia da gripe A (v&rus H1N1) no Rio Grande do Sul (RS) e alguns dos pacientes internados nesta UTI foram suspeitos desta epidemia. Este aspecto talvez ajude a justificar a exist&ncia de pacientes jovens com quadro de complica&&es respirat&rias e com tempo de interna&&o mais longo do que o usual.
Especificamente sobre a identifica&&o do risco para UP, com a aplica&&o da EB, constatou-se o predom&nio de pacientes (78,37%) na UTI em risco para este agravo, uma vez que a m&dia dos escores foi de 11,35 na primeira avalia&&o, que & abaixo do ponto considerado para estabelecer o risco (& 13). Dado semelhante da literatura tamb&m foi observado que entre os pacientes que desenvolveram UP, a m&dia de escores foi menor, e que & medida que diminui o escore aumenta o n&mero de pacientes com UP, evidenciando o aumento do risco(11,14).
Estudo realizado com 186 pacientes de duas unidades neurol&gicas de terapia intensiva americanas mostrou que o escore maior ou igual a 13 era determinante para risco e que os fatores que tinham significante correla&&o com a UP tinham tamb&m significante correla&&o com a EB(18).
Esses dados nos indicam que quanto maior a gravidade do paciente maior o risco de desenvolver UP. Sendo assim, os escores obtidos pela aplica&&o da EB podem auxiliar o enfermeiro na identifica&&o dos pacientes com maior chance para desenvolver UP e, consequentemente, adotar medidas de preven&&o ao desenvolvimento de les&o(14).
Estudos realizados fazem refer&ncia de que a interna&&o em UTI aumenta o risco para o desenvolvimento de UP se comparada com a interna&&o em outros setores do hospital, o que se deve aos diversos fatores de risco a que est& exposto um paciente desta unidade(6,7,17). No entanto, outros estudos apontam que a longa perman&ncia no leito e o baixo n&vel de consci&ncia, avaliado atrav&s da escala de Glasgow, tem demonstrado um maior aparecimento de UP, independente da unidade de interna&&o(7,11,14).
Quanto ao per&odo da interna&&o em que surgiu a UP, verificou-se que elas ocorreram entre o 2? e o 26? dia de interna&&o. No entanto, em outro estudo, o tempo de surgimento da UP em 60,9% dos pacientes ocorreu at& o s&timo dia de interna&&o(11). Esses dados demonstram que o aparecimento de UP ainda ocorre com poucos dias de interna&&o, o que justifica a implanta&&o de medidas preventivas a partir da admiss&o do paciente na UTI.
Alguns autores afirmam que, al&m dos fatores de risco intr&nsecos dos pacientes, existem ainda condi&&es predisponentes envolvidas no surgimento da UP como a aus&ncia da avalia&&o cl&nica sistematizada do paciente, que contemple a complexidade da associa&&o dos fatores de risco e as condi&&es presentes durante a interna&&o, al&m dos aspectos relativos & responsabilidade institucional em assegurar as condi&&es imprescind&veis para uma assist&ncia de enfermagem de qualidade(17,19).
Neste sentido, considera-se fundamental a ado&&o de protocolos assistenciais e instrumentos preditivos de risco que levem em conta a magnitude dos fatores etiol&gicos apresentados por cada paciente e sua interrela&&o com a UP. Isto auxiliaria na redu&&o das complica&&es decorrentes dessas les&es, no tempo de hospitaliza&&o, na mortalidade, nos custos terap&uticos e na carga de trabalho da equipe que presta assist&ncia, o que representaria um avan&o na redu&&o do sofrimento f&sico e emocional do paciente e seus familiares(6,14).
Quanto &s dificuldades encontradas pelos enfermeiros na utiliza&&o da EB neste estudo se verificou a falha na aplica&&o di&ria da mesma e o preenchimento das suas subescalas, al&m dos dados relativos & identifica&&o e as informa&&es cl&nicas do paciente.
Este & um ponto importante a ser aperfei&oado, uma vez que se sabe que o registro correto e completo dos dados de cada paciente pode ser considerado um indicador de qualidade na gest&o do cuidado na UTI. Al&m disto, fornecem subs&dios aos profissionais que acompanham diariamente & condi&&o cl&nica dos pacientes e, consequentemente, podem qualificar o cuidado realizado, facilitar a coleta de dados para pesquisas cl&nicas e favorecer a cobran&a dos custos do tratamento oferecido. Sobre isto, estudo demonstra que ap&s treinamento e supervis&o constante, os enfermeiros demonstram uma efici&ncia de 82,6% no uso correto da EB e na prescri&&o de interven&&es de enfermagem preventivas(12).
A incid&ncia de UP nesta UTI foi de 25,67%, achado que se aproxima de outro estudo que obteve uma incid&ncia de 31%, sendo que a maioria (60,9%) da ocorr&ncia foi observada na primeira semana (at& sete dias) de interna&&o na UTI(11,20).
Sabe-se que para que ocorra a diminui&&o da incid&ncia de UP & necess&rio & identifica&&o precoce dos pacientes em risco, o que envolve o trabalho de uma equipe multiprofissional e a implementa&&o de medidas preventivas eficazes. Al&m disso, o monitoramento dos fatores de risco est& diretamente relacionado ao cuidado de enfermagem prestado e a tomada de decis&o baseada em evid&ncia(16). Ressalta-se ainda a import&ncia da avalia&&o de cada subsescala que comp&e a EB e a prescri&&o de a&&es espec&ficas para cada uma(12).
Desta forma, o uso da EB permite a identifica&&o do risco e, a partir dele, a prescri&&o e a implementa&&o de a&&es de enfermagem preventivas.
CONCLUS&OES
A utiliza&&o da EB nesta UTI, como teste piloto, demonstrou-se vi&vel, bem como possibilitou conhecer as caracter&sticas dos pacientes em risco e os que desenvolveram a UP. Estes dados tamb&m conferiram base & importante ado&&o da EB como instrumento preceptivo de risco, a partir disto, a implanta&&o de a&&es preventivas para evitar a UP, desde o momento da interna&&o at& a alta do paciente na unidade.
Desta forma, considera-se que o objetivo foi atingido uma vez que se implantou a EB e analisar os dados produzidos pela sua aplica&&o. Dentre as limita&&es do estudo est& a aus&ncia da rela&&o dos escores encontrados na aplica&&o da EB com as a&&es preventivas adotados pelas enfermeiras. Outro ponto se refere ao tamanho amostral e ao per&odo de coleta de dados, em meses em que o estado do Rio Grande do Sul foi atingido pela gripe A. Todavia, ressalta-se que este foi um estudo piloto.
Outra limita&&o encontrada foi o alto &ndice de n&o preenchimento (39,1%) da EB, que pode ter sido influenciado pela falta de dom&nio da mesma, uma vez que estava em processo de implanta&&o. Sugerem-se como estrat&gias de ades&o da equipe de enfermagem no uso da EB, a realiza&&o de reuni&es, supervis&o e capacita&&o peri&dica, al&m de um maior tempo de acompanhamento nesta unidade em estudos posteriores.
Destaca-se, ainda, que para que haja fidedignidade dos dados advindos da aplica&&o da EB & necess&rio que os enfermeiros estejam motivados, capacitados e conscientes da import&ncia do uso desta ferramenta no cuidado, bem como dos benef&cios advindos deste processo.
REFER&ENCIAS
1 National Pressure Ulcer Advisory Panel. Concep and classification of pressure ulcers: update NPUPA [Internet]. W 2010 [cited 2010 Feb 10]. Available from: .
&&&&&&&&[  ]
2 Souza DMST, Fiamini EAD, Balan MAJ, Sousa RNM, Santos VLCG. Preval&ncia de &lceras de press&o em pacientes hospitalizados. Enferm Atual. ):21-5.
&&&&&&&&[  ]
3 Lise F, Silva LC. Preven&&o de &lcera por press&o: instrumentalizando a enfermagem e orientando o familiar cuidador. Acta Sci, Health Sci. ):85-9.
&&&&&&&&[  ]
4 Azevedo MF, Rodrigues MIG, Hennemann TLA. Feridas: incrivelmente f&cil. Rio de Janeiro: Guanabara K 2005.
&&&&&&&&[  ]
5 Rogenski NMB, Santos VLC. Estudo sobre a incid&ncia de &lceras por press&o em um hospital universit&rio. Rev Latino-Am Enfermagem. ):474-80.
&&&&&&&&[  ]
6 Fernandes NCS, Torres G. Incid&ncia e fatores de risco de &lceras de press&o em pacientes de Unidade de Terapia Intensiva. Ci&nc Cuid Sa&de ):304-10.
&&&&&&&&[  ]
7 Costa IG, Caliri MHL. Incid&ncia e fatores de risco relacionados & &lcera de press&o em Centro de Terapia Intensiva de um Hospital Universit&rio. Rev Paul Enferm. /4):202-7.
&&&&&&&&[  ]
8 Braden B, Bergstron N. A conceptual schema for the study of the etiology of pressure sore. Rehab Nurs ):8-12.
&&&&&&&&[  ]
9 Paranhos WY, Santos VLCG. Avalia&&o de risco para &lceras de press&o por meio da escala de Braden, na l&ngua portuguesa. Rev Esc Enferm USP. 1999;33(n esp):191-206.
&&&&&&&&[  ]
10 Bergstrom N, Braden BJ, Laguzza A, Holman V. The Braden Scale for predicting pressure sore risk. Nurs Res. ):205-10.
&&&&&&&&[  ]
11 Cremasco MF, Wenzel F, Sardinha FM, Zanei SSV, Whitaker IY. &Ulcera por press&o: risco e gravidade do paciente e carga de trabalho de enfermagem. Acta Paul Enferm. 2009;22(n esp):897-902.
&&&&&&&&[  ]
12 Magnan MA, Maklebust J. Braden Scale risk assessments and pressure ulcer prevention planning: what's the connection? J Wound Ostomy Continence Nurs. ):622-34.
&&&&&&&&[  ]
13 Menegon DB, Berciniz RR, Brambila MI, Scola ML, Jansen MM, Tanaka RY. Implanta&&o do protocolo assistencial de preven&&o e tratamento de &lcera de press&o no Hospital de Cl&nicas de Porto Alegre. Rev HCPA. ):61-4.
&&&&&&&&[  ]
14 Fernandes LM, Caliri MHL. Uso da Escala de Braden e de Glasgow para identifica&&o do risco para &lceras de press&o em pacientes internados em Centro de Terapia Intensiva. Rev Latino-Am Enfermagem. ):973-8.
&&&&&&&&[  ]
15 Bavaresco T. Risco para desenvolvimento da &lcera por press&o (UP), medido pela Escala de Braden, incid&ncia de UP, diagn&sticos e cuidados de enfermagem [monografia]. Caxias do Sul: Universidade de Caxias do S 2009.
&&&&&&&&[  ]
16 Blanes L, Duarte IS, Calil JA, Ferreira LM. Avalia&&o cl&nica e epidemiol&gica das &lceras por press&o em pacientes internados no Hospital S&o Paulo. Rev Assoc Med Bras. -7.
&&&&&&&&[  ]
17 Gomes FSL, Bastos MAR, Matozinhos FP, Temponi, HR, Vel&squez-Mel&ndez G. Fatores associados & &lcera por press&o em pacientes internados nos Centros de Terapia Intensiva. Rev Esc Enferm USP. ):1070-6.
&&&&&&&&[  ]
18 Fife C, Otto G, Capsuto EG, Brandt K, Lyssy K, Murphy K, et al. Incidence of pressure ulcers in a neurologic intensive care unit. Crit Care Med ):283-90.
&&&&&&&&[  ]
19 Paiva LC. &Ulcera de press&o em pacientes internados em um hospital universit&rio em Natal/RN: condi&&es predisponentes e fatores de risco [disserta&&o]. Natal: Universidade Federal do Rio Grande do N 2008.
&&&&&&&&[  ]
20 Anselmi ML, Peduzzi M, Fran&a J&nior I. Estudo da incid&ncia de &lceras de press&o segundo cuidado de enfermagem. Forma&&o. ):57-72.
&&&&&&&&[  ]
Endere&o da autora:
Taline Bavaresco
Av. J&lio de Castilhos, 740, ap. 307, Nossa Senhora de Lourdes
, Caxias do Sul, RS
Recebido em: 23/11/2010
Aprovado em: 13/10/2011
Artigo originado de monografia do Curso de Especializa&&o em Enfermagem e Terapia Intensiva apresentada em 2009 ao Programa de P&s-Gradua&&o da Universidade de Caxias do Sul (UCS).
Todo el contenido de esta revista, excepto dónde está identificado, está bajo una

我要回帖

更多关于 滋阴补肾 的文章

 

随机推荐